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PJMT dá suporte aos servidores afastados por doença

Foi com muito bom humor que seu Diniz da Silva Evangelista, 68 anos, recebeu a equipe do Tribunal de Justiça nesta semana. Depois de 37 anos de trabalho, há um ano ele se viu obrigado a pedir afastamento do serviço por conta de complicações causadas pela diabetes tipo 1 que tem desde que era criança. O Judiciário oferece acompanhamento trimestral com uma equipe multidisciplinar e ele afirma que as visitas sempre trazem boas notícias do serviço, informam quanto à sua vida profissional e ainda oferecem dicas de controle.
 
“Essas meninas são muito boas, elas me acompanham desde que eu estava passando muito mal. Elas fiscalizam minha saúde para me fazer andar na linha para que eu melhore. Às vezes elas parecem até guarda noturno vigiando a gente e dando uns cascudos. Mas tudo isso é bom. Eu percebo que aprendo cada vez que elas vêm aqui e sigo tudo em cima. Se recebo informação boa porque dispensar?”
 
A visita foi feita pela assistente social Mari Célia Leite Batista e pela enfermeira Lara Azevedo com o intuito de orientar legalmente sobre o usufruto da licença médica, acompanhar os exames médicos e verificar se o paciente está tomando os remédios da forma certa. As atividades integram o Programa de Acompanhamento ao Servidor (PAS) e são realizadas pela equipe multidisciplinar do TJMT, formada também por psicólogas e médicos.
 
O programa é desenvolvido pela coordenadoria de recursos humanos e atualmente conta com três equipes formada sempre por uma assistente social e outro profissional da área de saúde. Ao todo 34 servidores estão afastados por conta de saúde e cada equipe visita pelo menos dois servidores por semana. Desse total, 23 são do TJMT, oito da comarca da capital e três da comarca de Várzea Grande. Todos eles estão de licença médica há mais de 90 dias.
 
Essas visitas geralmente são feitas na casa do servidor ou, se precisar, no hospital. “Nós vamos conversar com o servidor, verificar o que está acontecendo, como vai o tratamento e se ele tem condições de voltar ao trabalho. O acompanhamento prima pela melhora na qualidade de vida da pessoa. Não adianta só ele querer voltar, temos que ver se o médico libera.”, explica a assistente social.
 
Ela reforça que é importante acolher aqueles que estão afastados da Instituição, pois alguns se sentem desprezados pelos colegas e chefes. Também explica que o programa busca dar o suporte emocional ao servidor, mostrando que aquele momento difícil vai passar e que ele está sendo esperado por todos. No caso de volta ao serviço, alguns servidores são inclusive remanejados de setor, sendo aproveitados em atividades que não agrave a doença.
 
Entretanto, nem sempre as equipes são recebidas com tanto bom humor, já que nem todos os servidores que estão doentes têm ânimo para enfrentar a doença e o afastamento. A enfermeira Lara ressalta que o afastamento é realmente muito difícil e por isso que tem ser feito o acompanhamento.
 
“Em primeiro lugar, a doença retira os servidores bruscamente do ambiente de trabalho, que é como uma segunda família, pois a gente passa muito tempo do nosso dia com os colegas de serviço. Em seguida a doença prejudica a qualidade de vida e o paciente é forçado a deixar de fazer as atividades que são rotineiras e gostosas para ele, como por exemplo, sair para passear e comer uma comida mais gorda. Ainda tem o fator financeiro, já que a renda tem uma queda quando as pessoas começam a adquirir remédios necessários para o tratamento e normalmente caros”.
 
Além das visitas que seu Diniz recebe, ele também faz tratamento com os médicos do Ambulatório Médico do Tribunal de Justiça. Para aqueles que enfrentam a mesma situação e estão deprimidos ele deixa um recado: “tenham bom ânimo e força para lutar pela sua vida. A doença não pode ganhar. Tomem os remédios certinho. Eu agradeço a Deus todos os dias por não ter tristeza. Se ficar curtindo tristeza as coisas só pioram”.
 
Keila Maressa
Coordenadoria de Comunicação do TJMT
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